Tornando-se livre de microplásticos: lições da jornada de tratamento de sementes da Croda e da Incotec
Novas regras que proíbem os microplásticos dos tratamentos de sementes da UE/EEE estão sendo elaboradas há alguns anos e provavelmente serão finalizadas até 2023.
Como muitos, ficamos inicialmente céticos. Os revestimentos de sementes são difíceis de serem reformulados e contribuem relativamente pouco para os microplásticos globais, além de já oferecerem benefícios de sustentabilidade, ao reduzir a necessidade de produtos fitossanitários mais prejudiciais.
No entanto, percebemos que, por menores que sejam, as sementes contribuem para os níveis gerais de microplásticos e que é possível encontrar alternativas melhores. Além disso, os produtos que contêm microplásticos não se alinham com as metas de sustentabilidade da nossa empresa - metas que sabemos que muitos em nosso setor compartilham, inclusive nossos clientes.
Assim, há quatro anos, iniciamos nossa jornada para substituir todos os polímeros sintéticos em nossos tratamentos de sementes, já com alguns sucessos. À medida que a nova legislação entra em vigor, esperamos que nossa experiência possa ser informativa para outras pessoas no início de sua jornada.
Nossa abordagem para o tratamento de sementes sem microplásticos
Começamos analisando todo o nosso portfólio, produto por produto, no contexto do texto da diretriz proposta. Nós nos reunimos com os clientes que estavam liderando a agenda de sustentabilidade para entender quais mudanças eram necessárias para atender às suas necessidades.
Analisamos cada produto e fizemos as quatro perguntas: ele é polímero?; solúvel em água? ; 100% natural? ou biodegradável? Alguns eram, muitos não. Para alguns deles, podíamos trocar os ingredientes com bastante facilidade.
Mas muitos exigiam que alterássemos significativamente as formulações.
Isso significou uma grande mudança na nossa maneira de formular. Em nossos laboratórios, exploramos uma série de produtos químicos, criamos novas formulações e as aplicamos às sementes.
Em nossas instalações de teste, testamos formulações promissoras para avaliar os principais parâmetros dos tratamentos de sementes: adesão dos tratamentos às sementes, fluidez das sementes, prevenção de resíduos e emissões de poeira potencialmente prejudiciais.
Esses testes foram repetidos várias vezes para identificar as melhores formulações. Somente os tratamentos que atenderem a todos esses requisitos serão aceitos pelo mercado.
Em dois anos, desenvolvemos novos produtos livres de microplásticos para sementes de milho e girassol, além de um revestimento para sementes de hortaliças. Estamos trabalhando em outras culturas, incluindo arroz e soja, que são derivados das soluções atuais, bem como colza, que é mais complicada - seu tamanho menor requer alto volume de calda de tratamento, portanto, precisa ser formulada para secar mais rapidamente.
Qual o próximo passo na jornada para tratamentos sem microplásticos?
A próxima etapa é trabalhar com os clientes para fazer testes em escala em suas instalações. Os testes de laboratório podem mostrar com 70-80% de certeza que os tratamentos funcionam, mas para termos certeza, precisamos testar em condições climáticas em câmaras climáticas. Depois disso, as próprias empresas de sementes precisarão testá-los primeiro em suas fábricas de sementes com grandes volumes, testar a secagem, as mudanças de temperatura, etc., e depois no solo.
Todo esse processo pode levar de 2 a 4 anos, e é por isso que era importante se antecipar à legislação.
Incotec/Croda desenvolveu seus conhecimentos sobre a legislação, bem como sobre a avaliação que deve ser feita para saber se os produtos contêm microplásticos e sobre o desenvolvimento de produtos livres de microplásticos. Para mais informações, baixe nosso novo whitepaper ou contate Marta Dobrowolska-Haywood.
Whitepaper: A microplastic-free future for seed treatments
