3 maneiras de colocar os microorganismos no lugar certo e na hora certa
Sem dúvida, você conhece a frase sobre estar no lugar certo na hora certa. Neste artigo, falaremos sobre a importância de aplicação de microorganismos no local correto. Como levar os microorganismos para o lugar certo e o que de fato é o lugar certo? Para muitos microorganismos, o lugar certo é dentro ou ao redor do sistema radicular das plantas. Há vários métodos de aplicação disponíveis para levar os microorganismos para perto das sementes e das plantas, como a aplicação foliar, a aplicação no sulco e a aplicação nas sementes. Como esses métodos funcionam e quais são seus benefícios e limitações?
Para muitos microorganismos, o lugar ideal é dentro ou ao redor do sistema radicular das plantas.
1. Aplicação foliar
A aplicação foliar é uma técnica de tratamento de plantas por meio da pulverização de fertilizantes líquidos, ou outros produtos, que estejam na forma líquida, diretamente nas folhas. Além do fertilizante, outros compostos, como produtos fitossanitários e microorganismos, podem ser aplicados com essa tecnologia. O líquido é absorvido pelos estômatos e pela epiderme da folha.
Uma consideração importante sobre a aplicação foliar é o clima. A chuva pode lavar os produtos aplicados, e as temperaturas quentes podem fazer com que a planta feche os estômatos, impedindo que os materiais sejam absorvidos. Além disso, é importante que as folhas não permaneçam úmidas por muito tempo, pois isso pode atrair pragas e fungos.
Se os microorganismos precisarem estar ativos no sistema radicular, a aplicação foliar pode não ser a melhor opção. Os microorganismos que estão ativos nas folhas podem ser aplicados por esse método, se as folhas forem capazes de absorver-los. No entanto, a aplicação foliar só pode ser realizada quando as folhas estiverem com área suficiente para absorção desses microorganismos, o que ocorre quando as plantas já estão com algumas semanas de vida.
2. Aplicação no sulco
Aplicação em sulco significa que o produto é aplicado nas covas de plantio no solo, junto com a semente. Esse método pode ser usado para fertilizantes, micronutrientes, fungicidas, microorganismos, entre outros. Os produtos podem ser aplicados tanto na forma líquida quanto em formulação em pó ou granuladas.
Com a aplicação no sulco, os microorganismos são aplicados diretamente no solo, mas nem sempre diretamente ao lado das sementes. Isso pode significar que, se houver patógenos no solo, eles poderão agir antes que os microorganismos benéficos tenham a oportunidade de colonizar a semente e/ou as raízes.
3. Aplicação na semente
O revestimento de sementes é a aplicação de materiais na superfície das sementes com o objetivo de tornar a forma, o tamanho e a superfície da semente mais uniformes. Essa tecnologia facilita o processo de plantio e permite a aplicação de compostos que melhoram a qualidade da semente e oferecem proteção contra estresses (a)bióticos. Os produtos são aplicados diretamente na semente para que, quando ela germinar, os compostos estejam prontamente disponíveis.
Ao analisar os microrganismos, muitos deles são ativos no sistema radicular das plantas, onde ajudam na absorção de nutrientes, no combate a patógenos ou insetos alvo do solo. Com a aplicação na semente, os microorganismos podem crescer e se desenvolver com a raiz emergente e colonizá-la de forma mais eficiênte, evitando que outros microorganismos, como os patógenos do solo, consigam se desenvolver.
Com a aplicação na semente, os microorganismos podem crescer e se desenvolver com a raiz emergente e colonizá-la de forma mais eficiênte.
A aplicação de microorganismos na semente traz um conjunto de desafios; falaremos mais sobre isso no próximo artigo.
